A Bíblia é clara ao afirmar que, após a morte, não há mais nada que se possa fazer em relação ao destino eterno de uma pessoa falecida. A salvação é possível unicamente por meio da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, e devemos aceitá-Lo como nosso salvador enquanto estamos vivos. Somente por meio da fé em seu sacrifício expiatório é que podemos ser salvos (Atos 4:12).
Orar pelas almas dos falecidos é uma prática comum entre os católicos romanos e os ortodoxos.
Na verdade, existe toda uma teologia construída em torno dessa prática, que não se baseia nas Escrituras, mas em doutrinas formuladas por homens.
Orar pelos mortos é bíblico?
Apesar das boas intenções dos católicos e dos cristãos ortodoxos, as Escrituras não oferecem nenhum suporte à prática de orações pelos mortos. Biblicamente falando, quando uma pessoa morre, ela não tem mais oportunidade de salvação.
Se você não aceitou Jesus Cristo como seu único Salvador nesta vida, não terá nenhuma oportunidade de salvação, pois é somente por meio dele que somos salvos (João 14:6).
Talvez seja útil refletir sobre a parábola de Cristo, frequentemente chamada de a parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-21).
Na história, Jesus deixa claro que existem dois destinos: a salvação ou a condenação. Um é um lugar de recompensa, o Paraíso; o outro, um lugar de condenação, que representa a morte eterna. Na parábola, Cristo não menciona a possibilidade de um terceiro estado ou lugar, nem sugere que as orações pelos mortos sejam, de alguma forma, eficazes.
Tertuliano, um Padre da Igreja Católica Romana, escreveu: "Essa alegoria do Senhor... é extremamente clara e simples em seu significado... [cuidado para que não se seja] um transgressor do seu acordo diante de Deus, o juiz... e para que este juiz não os entregue ao anjo que irá executar a sentença..."
Pode até parecer reconfortante acreditar que orar por um amigo ou parente falecido possa ter algum efeito, mas isso é um falso conforto, pois não há respaldo algum na Palavra de Deus. A Bíblia diz que os mortos não sabem de coisa alguma (Eclesiastes 9:5), estando, assim, em um estado de inconsciência, aguardando o retorno de Cristo.
Certamente, podemos orar pelos parentes e amigos dos falecidos enquanto eles sofrem. Essas orações estão em conformidade com as Escrituras (1 Tessalonicenses 1:2; 5:25; Hebreus 4:16) e são um ato de caridade e misericórdia, sendo um meio de amar o próximo como a si mesmo.
Da mesma forma, a ideia de que a prática das boas obras nesta vida diminui as chances de sermos condenados não é bíblica. Cada pecado que cometemos neste mundo, cada rejeição da voz do Espírito Santo, que nos exorta a evitar o pecado e a viver uma vida santa, será levado em conta quando morrermos.
A decisão que tomarmos aqui e agora, nesta vida, determinará nosso destino eterno: seja desfrutar eternamente da presença de Deus, ou ser lançado no lago de fogo, que é a morte eterna (Ezequiel 18:20).
Não há meio-termo, não há lugar para aqueles que foram um pouco bons, mas também pecadores. Não há lugar para aqueles que não se entregaram a Jesus Cristo em vida. A Bíblia diz: "Assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo..." (Hebreus 9:27).
Observe o que o autor de Hebreus deixa bem claro: quando morremos, não há mais nada que se possa fazer para mudar o destino eterno. Ou somos justificados pelos méritos da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, ao abraçá-Lo enquanto estamos vivos, ou responderemos por cada pecado sozinhos, sem nenhum advogado para nos defender.
Não há segunda chance após a morte; a oportunidade de salvação é dada enquanto estamos vivos. Quando nos entregamos verdadeiramente a Cristo, temos a garantia de que um Advogado estará ao nosso lado até o dia do Juízo (1 João 2:1). O próprio Jesus Cristo é o nosso Advogado, desde que tenhamos sido fiéis e nos arrependido de nossos pecados com sinceridade, buscando Sua vontade e não a nossa própria.
Busque a salvação hoje.
Se você está realmente preocupado com o seu destino eterno e tem dúvidas sobre ele, sugiro que não acredite que, após a sua morte, as orações de seus familiares irão isentá-lo do castigo pelos seus pecados. O Pai Celestial nos criou para termos um relacionamento amoroso com Ele por toda a eternidade, mas, para que isso seja possível, precisamos fazer a Sua vontade.
Infelizmente, devido aos pecados dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, o pecado entrou no mundo e a morte com ele. Embora a humanidade tenha sido criada em completa inocência, a depravação agora se encontra em nós, sendo transmitida de geração em geração, tornando-nos todos suscetíveis ao pecado (Salmos 51:5; Romanos 3:23).
Embora tenhamos sido criados para sermos seres eternos, agora todos enfrentamos a velhice, a doença e a morte. A morte se divide em dois tipos: a morte física e a morte eterna. A morte eterna ocorrerá na segunda ressurreição (dos ímpios), após o milênio bíblico.
Nenhum ser humano poderia salvar-se da morte eterna por mérito próprio. No entanto, Deus nos amou de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para assumir o castigo por cada pecado que cometemos. Isso torna possível que sejamos novamente declarados inocentes.
No entanto, a morte física ainda existe. Contudo, Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, vencendo a maldição da morte e tornando possível que todos nós ressuscitemos corporalmente, em corpos glorificados como o Seu, sem conhecer a corrupção.
Dessa forma, o Senhor Deus providenciou a única maneira pela qual podemos escapar da condenação: entregando Seu Filho para morrer em nosso lugar. No entanto, abrace essa oportunidade, aceitando Cristo como seu Salvador, hoje mesmo. Não deixe para depois. Não acredite que alguém possa orar por você após a sua morte para livrá-lo da condenação. Essas orações são vãs e de nada servirão.
O que isto significa?
Só você pode aceitar a oferta da salvação, e essa decisão deve ser tomada agora, pois é uma questão entre você e Deus. Existem muitas religiões e muitas vozes por aí que lhe dirão que você pode reencarnar, que Deus é amor e que o amor nunca permitiria que alguém fosse punido eternamente, entre outras mentiras, todas destinadas a afastá-lo da única e verdadeira maneira de ser salvo.
Você certamente pode apostar seu destino eterno com base no mundo, mas considere o que está em jogo: "a vida eterna no Paraíso ou a condenação". A escolha é sua. Jesus morreu na cruz e ressuscitou por você. Infelizmente, não há outra maneira depois da morte.
Graça e paz!
Autoria: biblia.com
Revisão: Garberson Alencar
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