A palavra Páscoa – Pesach, em hebraico – significa passagem. Para os judeus, ela representa a travessia pelo mar Vermelho, quando Deus, por intermédio de Moisés libertou o povo da escravidão do Egito, conduzindo-os para a Terra Prometida. O Senhor “passou” sobre as casas dos filhos de Israel, poupando-os (Êxodo 12:27).
A Páscoa é uma festa instituída por Deus como um memorial para que os filhos de Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio Deus os libertou poderosamente, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Êxodo 12). Em comemoração a este grande livramento, uma festa devia ser observada anualmente pelo povo de Israel, em todas as gerações futuras (Êxodo 12:14).
Durante 430 anos o povo de Israel sofreu com a escravidão no Egito. A instituição da Páscoa está relacionada a última praga (Êxodo 11 e 12). Durante sete dias, o povo de Israel só poderia comer pães ázimos (sem fermento). Cada família deveria sacrificar um cordeiro sem defeito para ser assado e comido com ervas amargas indicando a amargura do cativeiro egípcio, e o sangue do cordeiro sacrificado deveria ser espargido nos umbrais e na verga da porta das casas, para que as famílias israelitas não perdessem seus primogênitos.
Para os cristãos, a Páscoa representa Jesus Cristo (I Coríntios 5:8), O CORDEIRO pascal que TIRA o pecado do mundo (João 1:29) e cujo sangue nos liberta, nos resgata da escravidão do pecado e nos SELA como Seus filhos. Nele (Jesus Cristo), somos feitos NOVAS CRIATURAS sem o fermento da malícia e da maldade. Como podemos ver, não se pode entender a obra da cruz sem o conhecimento dessa que é a mais simbólica das Festas de Deus. Páscoa fala nossa LIBERTAÇÃO para servirmos a Deus.
Cristo deu novo significado à Páscoa. Ele trouxe a mensagem da salvação, amor, reconciliação entre o homem e Deus, esperança de uma vida melhor, trouxe o ensinamento para que o povo se libertasse dos sofrimentos e das maldades. A morte de Jesus Cristo representa o fim do sofrimento e a vitória sobre a morte e o pecado. A sua ressurreição simboliza o início de uma nova vida, baseada na vontade de Deus.
Jesus Cristo é a Páscoa dos cristãos, pois, como cordeiro foi morto, e todo aquele que aceita a Sua morte e ressurreição passa da morte para a vida, das trevas para a luz. A celebração da Páscoa representa uma oportunidade para refletirmos sobre nossas vidas, e estabelecermos um recomeço, de sermos melhores, de sairmos do “Egito”, que simboliza sofrimento, tristezas e opressão e entrarmos em uma nova vida de paz e alegria através de Cristo Jesus.
Há semelhanças entre a Páscoa judaica e a cristã, podendo-se afirmar que a Páscoa é um tipo de Cristo. Para os judeus, a Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. Para os cristãos, Cristo é o libertador da escravidão do pecado. Antes da experiência regeneradora éramos escravos do pecado. Porém, a partir da conversão, mediante o arrependimento dos pecados e a fé no Messias, fomos libertados da pior das escravidões. Eis o que Jesus declara: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (…) “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:34 e 36).
Na Páscoa judaica as famílias deveriam sacrificar um cordeiro. Para os cristãos, Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). E o apóstolo Paulo identifica perfeitamente a Cristo como cordeiro pascal ao afirmar: “Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7). Vale ressaltar que, o cordeiro da páscoa judaica representava Cristo, o cordeiro imolado no Calvário.
Para muitos a Páscoa é uma ocasião para ganhar dinheiro, para outros é mais um feriado prolongado para o lazer e passatempo, enquanto para as crianças é a oportunidade de saborear um ovo de Páscoa. Porém, Páscoa é mais do que chocolate; É a nossa libertação em Jesus Cristo.
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