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“Sai dela povo meu” A quem o Senhor está se referindo em Apocalipse 18?

Foto do escritor: PalavraViva.NetPalavraViva.Net

Atualizado: 27 de nov. de 2024


"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." (Apocalipse 18:4).

 

Você deve estar se perguntando o que significa a expressão "Sai dela, povo meu". Pois bem, neste artigo, vou esclarecer o que significa essa advertência. Perceba que, no versículo 2 do mesmo capítulo, o apóstolo João menciona o nome de uma antiga cidade: Babilônia.

 

No entanto, no tempo do apóstolo João, a cidade de Babilônia já não existia mais, tendo sido destruída no ano de 539 a.C. Assim, quando "Babilônia, a Grande" é mencionada no livro de Apocalipse, ela faz referência ao sistema religioso romano, que, já na época dos apóstolos, estava afastando as pessoas da fé verdadeira e conduzindo-as a adotar a fé romana. O autor utiliza uma metáfora para ilustrar e comparar esse sistema religioso apóstata à antiga Babilônia literal.

 

Para confirmar que a expressão "Babilônia, a grande" se refere ao sistema religioso romano, observe o que o apóstolo Pedro escreve em uma de suas cartas, quando estava em Roma: "Aquela que se encontra na Babilônia, também eleita, manda saudações, e o mesmo faz o meu filho Marcos." (1 Pedro 5:13). É impossível afirmar que Pedro estava escrevendo da cidade literal de Babilônia, pois essa cidade já havia sido destruída e não existia mais. A referência de Pedro, portanto, aponta para Roma, que, simbolicamente, é associada à Babilônia no contexto bíblico.

 

Quem seria esse "povo meu" ao qual o texto se refere? Essa rigorosa advertência é, sem dúvida, um alerta ao povo de Deus que faz parte desse sistema religioso edificado sobre os princípios de Babel, cujo embrião já existe há séculos. O "povo meu" ao qual o Senhor se refere é um pequeno grupo de cristãos sinceros que almejam a salvação, mas a tradição à qual essas pessoas se apegam as impede de enxergar o verdadeiro caminho.

 

Podemos perceber que a mesma advertência para sair de Babilônia, presente no capítulo 18 de Apocalipse, também foi dada pelos profetas do Antigo Testamento. Contudo, a ordem para sair de Babilônia, no Antigo Testamento, tinha um caráter literal, pois os profetas não haviam profetizado sobre a Igreja do Novo Testamento. Esse mistério seria revelado posteriormente ao apóstolo João. No tempo de João, essa advertência passou a ter um sentido figurado, ou seja, a Babilônia mencionada pelo apóstolo referia-se à cidade de Roma, representada metaforicamente por Babilônia. Veja:

 

Fugi do meio de babilônia, e livrai cada um a sua alma, e não vos destruais na sua maldade; porque este é o tempo da vingança do SENHOR; que lhe dará a sua recompensa. Babilônia era um copo de ouro na mão do SENHOR, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho beberam as nações; por isso as nações enlouqueceram. Num momento caiu babilônia, e ficou arruinada; lamentai por ela, tomai bálsamo para a sua dor, porventura sarará. Queríamos curar babilônia, porém ela não sarou; deixai-a, e vamo-nos cada um para a sua terra; porque o seu juízo chegou até ao céu, e se elevou até às mais altas nuvens.” (Jeremias 51:6-9).

 

“Saiam da Babilônia, fujam do meio dos caldeus! Anunciem isto com voz de júbilo; proclamem e levem esta boa notícia até os confins da terra. Digam: O Senhor remiu o seu servo Jacó." (Isaías 48:20).

 

O aviso "Saí dela, povo meu" é, evidentemente, aplicável a todas as épocas, onde quer que a Babilônia, em princípio, esteja. Essa exortação exerce grande influência na queda de Babilônia, em seu poder e grandeza (Apocalipse 17:1-8), antes de sua condenação final (Apocalipse 18:1-24). A ordem é severa.

 

De acordo com as Escrituras Sagradas, Babilônia, enquanto sistema, não pode mudar. Por isso, existe apenas uma alternativa para o cristão sincero que se encontra em Babilônia: afastar-se totalmente desse sistema maligno que falsamente leva o nome de Cristo.

 

Não há dúvida de que existem cristãos sinceros em Babilônia, mesmo na condição de descrédito em que ela se encontra nos dias de hoje. Esses cristãos, iludidos por uma falsa espiritualidade, são impedidos de enxergar as verdades. Aqueles que se abrigam em Babilônia devem se separar completamente dela, ou se tornarão participantes de suas pragas (essas pragas incluem morte, pranto, fome, conforme o versículo 8).

 

Essa advertência se baseia em duas razões principais:

 

1. "Para que não sejas participante dos seus pecados". Aqueles que permanecerem em Babilônia serão cúmplices de sua culpa.

 

2. "Para que não incorras nas suas pragas". Esse aviso aponta para as consequências que todos enfrentarão se permanecerem em Babilônia. Deus está prestes a destruir esse sistema religioso apóstata, transformando-o em uma ruína completa e irremediável. Considerando essa descarga final da ira de Deus, conhecida como "pragas", ouve-se um último aviso: "Saí dela, povo meu!"

 

A destruição completa de Babilônia ocorrerá depois que o povo de Deus sair dela. O Senhor não faz nada sem antes revelar seus planos aos Seus servos (Amós 3:7). Ele não tem prazer na morte de ninguém, nem mesmo do ímpio; antes, Ele deseja que todos se convertam de seus maus caminhos e vivam (Ezequiel 18:23, 32).

 

Conclusão

 

A advertência de sair de Babilônia, como revelado nas Escrituras, é um chamado urgente para os cristãos sinceros se afastarem de sistemas religiosos apóstatas e enganadores. Deus, em Sua misericórdia, deseja que todos se arrependam e se voltem para Ele, livrando-se das consequências da falsa fé e suas doutrinas de demônios.

 

A destruição de Babilônia, embora certa, é precedida por um apelo à conversão e à salvação. O cristão fiel deve estar atento a esse chamado, buscando viver em santidade e fidelidade ao Senhor, para não ser cúmplice dos pecados e das pragas que sobrevirão a esse sistema corrupto.

 

Graça e paz!

Garberson Alencar.

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